Sua Vida Não é Filme da Marvel, Mas Você é o Herói (Mesmo Sem Capa!) | #010

Tempo de Leitura: 16 minutos
Foto por: www.canva.com – Sua Vida Não é Filme da Marvel, Mas Você é o Herói

Se você nasceu nos anos 90 é possível que até hoje sonhe com aquela coruja trazendo a sua carta de Hogwards 😅

Talvez você tenha seu Power Ranger preferido até hoje (o meu era o Ranger Branco), almoçava assistindo X-men na TV Globinho e tinha debates calorosos sobre qual super poder você escolheria 😊

A gente cresceu esperando o extraordinário.

Aquela reviravolta cinematográfica, o chamado épico que vai mudar tudo.

Esperamos a grande aventura, o momento em que a trilha sonora da nossa vida vai ficar emocionante e tudo fará sentido.

Mas aí a vida acontece 🤷‍♂️.

E a maior aventura da semana acaba sendo sobreviver à reunião de segunda-feira de manhã, tentar fazer aquela receita nova sem incendiar a cozinha ou chegar no final de semana com a casa limpa e roupa lavada 🤦‍♂️

Frustrante? Às vezes.

Mas e se eu te disser que a grande jornada, a verdadeira aventura épica, está acontecendo agora, bem aí, no meio da sua rotina aparentemente comum?

E se eu te disser que você, sim, você é o herói ou a heroína dessa história, mesmo que sua única capa seja o edredom quentinho nas manhãs frias?

Comecei a pensar nisso outro dia enquanto arrumava a cama antes de sair para o trabalho – esse é um momento em que passa várias coisas na cabeça, a minha primeira “vitória” do dia 😅.

Lembrei da famosa “Jornada do Herói”, aquele conceito que Joseph Campbell popularizou e que Hollywood adora usar em seus filmes de sucesso.

Aquela estrutura clássica do herói que recebe um chamado para algo extraordinário, encontra um mentor, passa por diversas provações e no final alcança uma grande recompensa.

Coisa de Luke Skywalker, Harry Potter, Frodo Bolseiro ou Katniss Everdeen, conhece algum deles?

Mas e se essa estrutura não for só para personagens fictícios em mundos distantes?

E se ela for um mapa da nossa própria psique, um reflexo das nossas lutas internas e externas, mesmo as mais banais?

E se a gente pudesse olhar para os nossos desafios cotidianos – aquele projeto que empacamos, aquele medo que nos paralisa, aquela mudança de hábito que parece impossível – não como meros aborrecimentos, mas como etapas cruciais da nossa jornada heroica?

Ficou curioso(a)?

Então pega um café, um chá ou prepara o seu tereré, se ajeita na cadeira e vem comigo desmistificar essa tal de Jornada do Herói para descobrir como encontrar o extraordinário naquilo que parece comum e chato.

Porque, acredite, mesmo sem dragões para matar ou galáxias para salvar, sua vida é uma aventura que vale a pena ser vivida – e protagonizada – por você.

Não é a toa que “matar um leão por dia” virou um ditado tão popular na vida dos brasileiros 😐

O que você vai ver nesse post:

1. Desmistificando a Jornada – O Guia do Herói Comum
2. Identificando seus “Chamados”
3. Mentores e provações: a dupla dinâmica da sua jornada
4. Aquele “chocolate” pós-batalha: a importância das pequenas vitórias
5. De volta pra casa (mas diferente): o retorno do Herói pós-Netflix
6. Sua Jornada, Seu Roteiro, Seu Heroísmo Pessoal – Você é o Herói


1. Desmistificando a Jornada – O Guia do Herói Comum

Ok, vamos tirar o glamour hollywoodiano da coisa. A Jornada do Herói, na vida real, não costuma envolver portais mágicos ou espadas falantes (infelizmente, talvez?). Mas a estrutura básica, essa sim, se aplica que é uma beleza.

Se você parar pra refletir, cada um dos elementos da Jornada do Herói estão presentes ao longo da sua vida. Quer ver?

Foto por: www.canva.com – Sua Vida Não é Filme da Marvel, Mas Você é o Herói

Etapa 1 – O Mundo Comum:

É a sua vida normal, sua rotina, seu status quo. Aquele lugar confortável (ou nem tanto) onde as coisas simplesmente são.

Pode ser seu emprego atual, seu relacionamento, seus hábitos… sua zona de conforto.

É aquele lugar onde você se encontra, ou se encontrava antes de começar uma nova aventura.

Etapa 2 – O Chamado à Aventura:

Algo acontece. Uma insatisfação interna começa a borbulhar (“Será que é só isso? Eu não deveria estar fazendo mais? Eu não mereço mais?”).

Surge uma oportunidade inesperada (uma proposta de emprego, uma ideia de negócio), um problema aparece (uma demissão, o fim de um relacionamento, um desafio de saúde), ou simplesmente uma vontade de mudar algo, de aprender algo novo, de ser mais.

Por exemplo:

  • Aquela vontade louca de largar tudo e abrir uma lojinha de artesanato;
  • Aquela coceirinha que te faz querer começar uma nova faculdade nada a ver com sua formação atual – Psicologia? Por que não?
  • A necessidade de finalmente começar a fazer exercícios físicos depois do susto no último check-up.
  • O desejo de largar o emprego no escritório e ir trabalhar com moda!

E agora, o que vem a seguir?

Etapa 3 – A Recusa do Chamado:

Sabe quem costuma aparecer nesse momento? Nossos velhos amigos procrastinação e medo!

É natural hesitar. “Será que eu consigo?”, “E se der errado?”, “Ah, mas tá tão confortável aqui…”. A gente inventa mil desculpas para não sair do lugar. E, não sei você, mas eu sou ótimo em criar desculpas pra não sair do lugar 🤦‍♂️

Mas, como meu amigo Mautama costuma me dizer, “As melhores (ou piores) desculpas, são aquelas que todo mundo aceita”.

Do tipo, “eu não fui na academia hoje porque estava meio gripado”. Ou, “não mexi no meu projeto novo essa semana, porque estava ajudando minha filha a estudar para as provas na escola”. Adoro aquela, “vou me permitir comprar um açai/pizza porque tive um dia cheio no trabalho e eu mereço.

Muitas pessoas ficam “presas” quase que a vida inteira nessa etapa, recusando um chamado após o outro.

Etapa 4 – O Encontro com o Mentor:

E essa recusa costuma persistir até o seu encontro com o “mentor”.

Não precisa ser um velho sábio de barba branca.

Seu mentor pode ser um amigo que te dá um conselho sincero, um livro que te abre os olhos (tipo “Os Quatro Compromissos”, esse livro mudou minha forma de enxergar a vida), um vídeo no YouTube com um tutorial salvador, um terapeuta, um chefe que acredita em você, ou até mesmo aquela vozinha interna da intuição (nossa famosa bússola interior) que insiste em te guiar.

Esse mentor vai aparecer em algum momento e vai ser como colocar combustível de foguete naquele seu carro popular 😅 vai te motivar e te inspirar a entrar em ação.

Etapa 5 – A Travessia do Primeiro Limiar:

Aqui, já não tem mais volta. É aquele momento em que você decide agir (de verdade). Se matricula na academia, pede demissão, começa a escrever o primeiro capítulo do livro, tem aquela conversa difícil.

Você cruza a fronteira da sua zona de conforto.

Se sente imparável, invencível.

Imagina, clicar em “enviar” aquele email que você já escreveu mentalmente tantas vezes pedindo demissão? Ou dar o primeiro passo dentro da academia que você relutou tanto em começar?

Talvez um resumo dessa sensação seja a frase “agora vai!”.

Etapa 6 – Provas, Aliados e Inimigos:

Então, depois de toda essa energia inicial, a coisa pega!

Surgem os desafios (as provas).

Você vai encontrar obstáculos.

Surgem os primeiros haters, aquelas pessoas que não querem te ver mudar e começam a te puxar pra baixo, que te enchem de dúvidas.

As vozes da sua cabeça ficam mais nítidas, mais poderosas e o medo e a autocrítica passam a ser constantes.

A dificuldade em manter a rotina de exercícios já te desanima de ir para a academia. A burocracia para abrir a empresa te desanima de começar o novo negócio. O pedido de demissão tem que ser adiado por conta de uma despesa alta (e inesperada) com o conserto do carro.

Aquele caminho que era tão claro e certo, começa a ficar turvo e, é aí que surge…

Etapa 7 – Aproximação da Caverna Oculta:

… o momento de enfrentar o seu maior medo, o desafio central. Aquela prova final que vai exigir tudo de você.

Pode ser o dia de apresentar o projeto final, lançar o produto, correr a primeira maratona, ter a conversa definitiva sobre o relacionamento. Não importa, é aquele exato momento em que você tem que encarar o “chefão” final, aquele que você estava adiando há um tempão.

Etapa 8 – A Provação:

Chega então a hora da verdade. O clímax!

Você enfrenta o desafio de frente. Pode ser um sucesso ou um “fracasso“.

Não importa.

É um momento de transformação intensa. Um momento de virada na sua vida.

E não seja pessimista, mesmo aqueles momentos em que você considera que “fracassou” serão muito importantes na sua vida, porque é deles que você irá tirar os maiores aprendizados.

Na verdade, frequentemente, os nossos momentos de “fracasso” costumam ser os mais importantes e transformadores.

De qualquer forma, após a provação final, o que sobra?

Etapa 9 – A Recompensa e o Caminho de Volta:

Você sobreviveu!

E ganhou algo com isso. Por mais que não perceba.

Pode ser a conquista do objetivo em si (o diploma, a empresa aberta, o hábito consolidado), mas a maior recompensa costuma ser interna: autoconfiança, aprendizado, resiliência, um novo entendimento sobre si mesmo.

Aquela sensação de dever cumprido após a apresentação do trabalho para o seu chefe, a alegria de ver o primeiro cliente na sua loja, a satisfação de completar seus primeiros 5km de corrida ou o misto de medo e liberdade depois de conseguir terminar um relacionamento de anos.

Você não é a mesma pessoa do início da jornada. Você volta para sua vida cotidiana, mas tudo mudou, ou melhor, você mudou, agora é alguém diferente, por mais que sinta que no fundo não mudou tanta coisa assim.

Ufa! Parece complexo, mas se você parar pra pensar, quantas vezes já não passou por ciclos parecidos na sua vida, mesmo em situações pequenas? A beleza está em reconhecer essa estrutura no nosso dia a dia.


2. Identificado seus “Chamados”

Foto por: www.canva.com – Sua Vida Não é Filme da Marvel, Mas Você é o Herói

Beleza, acho que ficou bem clara a estrutura da Jornada do Herói. Concorda?

Vemos ela em vários filmes e, como acabamos de explorar, dentro das nossas próprias vidas.

Mas você pode estar pensando “como a gente sabe que recebeu um chamado?”

Afinal de contas, não temos um Bat-sinal em cima de um prédio que é acionado toda vez que precisamos ser o herói ou heroína de nossas próprias vidas.

Também não tem nenhuma coruja carregando uma carta com o convite para Hogwarts (seria mais fácil, né?).

Na maioria das vezes, o chamado é bem mais sutil, quase um sussurro.

Algo do tipo…

  • Pulga Atrás da Orelha: Sabe aquela sensação persistente de que algo não encaixa mais? Um tédio com a rotina que te faz pensar “será que a vida é só pagar boleto?”. Uma vontade de fazer algo diferente, mesmo sem ter a menor ideia do quê.
  • Empurrãozinho (ou Tranco) do Destino: Uma crise que te vira do avesso, uma perda que te obriga a repensar tudo, um problema de saúde que te força a mudar hábitos. Mesmo que você não queira, às vezes, a vida dá um jeito de te chacoalhar pra você sair do lugar.
  • Ideia que Não Te Larga: Uma oportunidade que parece feita pra você, um projeto que surge do nada e te deixa animado só de pensar, um curso que te chama a atenção no meio de mil outros. É como se o universo te mandasse um “ei, olha pra cá!”.
  • Desconforto de Ficar Parado: Aquele “Basta! Preciso mudar!” que você dá quando a dor de continuar na mesma se torna insuportável, maior até que o medo do desconhecido.
  • Um Déjà Vu ou Aquele ‘Feeling’: Uma intuição forte, um sonho que se repete, aquela sensação inexplicável de que você precisa seguir um certo caminho, mesmo que a lógica diga o contrário.

O pulo do gato aqui é estar atento.

Ligar aquele radar interno.

Começar a prestar mais atenção no que você sente, nos sinais que aparecem (às vezes disfarçados da boa e velha “coincidência”), naquela conversa interna que rola quando você está quieto.

Muitas vezes, a gente ignora o chamado não por maldade, mas por viver no piloto automático, com medo de encarar o que essa mudança pode significar.

Afinal, é mais fácil fingir que não houve sinal nenhum, né?

Assim, posso continuar terceirizando os meus problemas e esperando que a grande solução misteriosa apareça (pode ser o governo, a promoção no trabalho, o bilhete premiado da loteria ou aquela alma gêmea que ainda não apareceu).

Dito isso, não se apegue aos sinais que você já deixou passar. Muito provavelmente foram de oportunidades que não voltaram mais. Mas, essa é a verdadeira mágica – Deus nos dá oportunidades infinitas de transformar nossas vidas.

Aprenda a identificar novos sinais assim que eles surgirem. E, então, agarre-os.


3. Mentores e Provações: a dupla dinâmica da sua jornada

Uma vez que você, mesmo que tropeçando, decide atender ao chamado e dá aquele passo pra fora da zona de conforto (a tal travessia do limiar), pode apostar: a dupla dinâmica entra em cena. Por isso, elas precisam de um pouco mais de atenção.

De um lado, as provações.

Do outro, os mentores.

As provações são os perrengues, os obstáculos, os testes de resistência.

Podem ser coisas práticas, tipo faltar grana pro projeto, receber críticas que te desmontam, enfrentar uma burocracia infernal, ou até o pneu furar bem no dia daquela reunião importante (sério isso lei de Murphy?).

Mas as maiores provações, muitas vezes, moram dentro da gente: o medo paralisante, a dúvida que te sussurra “você não vai conseguir”, a autossabotagem que te faz tropeçar nos próprios pés, a preguiça que te abraça no sofá… Ah, esses inimigos internos são os mais traiçoeiros!

Mas, se olharmos com atenção, essas provações não estão aí só pra te prejudicar (embora às vezes pareça! 😅). Elas são como os treinos na academia da vida: servem pra te fortalecer, te ensinar o que falta aprender e te mostrar do que você é capaz.

No meu caso, o pilar mais difícil de ajustar na minha vida é o financeiro. Até no meu mapa astral, o meu quíron (nossa “ferida” sagrada) é a área das finanças. Já enfrentei (e ainda enfrento) diversas provações quando o assunto é dinheiro. Voltando pra analogia da academia, é como se essa área fosse o “glúteo”, aquele músculo que por mais que você treine, custa a crescer.

Porém, como eu tenho que me focar pra caramba para corrigir o meu financeiro, para superar as provações que se apresentem nessa área, o background que estou construindo sobre esse tema transformará totalmente essa área da minha vida.

As provações são úteis, por mais que seja um saco passar por elas na maioria das vezes.

E os mentores? Graças aos céus, eles também aparecem!

Esqueça o Gandalf ou o Mestre Yoda – esses são exclusivos da ficção. Seus mentores na vida real podem ser:

  • Pessoas de Carne e Osso: Aquele amigo que te escuta sem julgar, sua mãe com um conselho certeiro (mesmo que você demore a admitir), um colega que te ensina um truque no trabalho, seu terapeuta, um professor que te inspira, o autor daquele livro que parece que foi escrito pra você.
  • Experiências (Boas ou Ruins): Aquele erro feio do passado que te ensinou a não repetir a dose, aquela viagem que te mudou pra sempre, aquele projeto que deu errado mas te deixou mais resiliente.
  • Conteúdo que Transforma: Livros, cursos, vídeos, podcasts, artigos de blog (talvez até esse aqui! 😉). O conhecimento está aí, muitas vezes de graça, esperando ser encontrado.
  • Sua Própria Sabedoria Interna: Sim, a intuição, a voz da consciência, aquele insight que vem do nada quando você relaxa. Você tem um mentor poderoso aí dentro, só precisa aprender a ouvir.
Foto por: www.canva.com – Sua Vida Não é Filme da Marvel, Mas Você é o Herói

O lance é manter os olhos e ouvidos sempre abertos.

Às vezes, a ajuda vem de onde menos se espera: daquele vizinho que você mal cumprimenta (por que não? 🤦‍♂️), de uma frase pichada no muro, de uma música que toca no rádio (na adolescência meus insigths vinham ouvindo o Clube da Insônia 😅).

E quanto às provações? Abrace-as (ok, talvez não literalmente, mas entenda o ponto). Elas são parte inevitável do processo.

Ninguém disse que seria fácil ser herói, nem mesmo do próprio umbigo. Mas a forma como você encara o perrengue muda tudo.

Em vez do clássico jargão do personagem Chicó, do filme “O Auto da Compadecida”Ooo promessa difícil, oooo promessa sem jeito!, tente um “Ok, desafio aceito! O que eu aprendo com isso? Como posso ficar mais forte depois dessa?”.

Mudar a pergunta é o primeiro passo pra mudar o resultado.

Lembro de quando decidi criar esse Blog Mente Criativa. O “chamado” era essa vontade de compartilhar minhas reflexões. A “recusa” foi gigante (“Quem vai querer ler o que eu escrevo?”, “Não tenho tempo”, “Já tem tanto blog por aí…”). Meus “mentores” foram livros, outros blogs que eu admirava e alguns amigos que me incentivaram. A “travessia” foi clicar em “publicar” pela primeira vez (com a expectativa lá embaixo!). E as “provações”? Nossa! Bloqueio criativo, críticas, a luta pra conciliar com o trabalho, a sensação de estar falando sozinho na maioria das vezes… Mas cada pequeno feedback positivo, cada pessoa que dizia que um texto ajudou, funcionava como um mini-mentor me empurrando pra frente.


4. Aquele “chocolate” pós-batalha: a importância das pequenas vitórias

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Depois da tempestade (provação), vem a calmaria (recompensa!).

E aqui, mais uma vez, a vida real costuma ser menos espetacular que Hollywood.

A recompensa por ter enfrentado o “chefão final” da sua jornada raramente é um baú do tesouro ou a chave da cidade.

Na maioria das vezes, as recompensas são mais… internas. Mas, não deixam de ser incríveis à sua maneira:

  • Aquele Suspiro de Alívio: Simplesmente saber que acabou, que você sobreviveu, que fez o que tinha que ser feito. Aquela paz de espírito pós-perrengue que não tem preço!
  • Um Upgrade nas Habilidades: Aquela coisa nova que você aprendeu na marra durante a provação, uma habilidade técnica ou emocional (tipo paciência, resiliência).
  • Um Boost na Autoconfiança: Olhar pra trás e pensar “Caramba, eu consegui!”. Cada desafio vencido pode funcionar como um degrau a mais na escada da sua autoestima.
  • Mais Clareza Mental: Entender melhor quem você é, o que você quer, o que realmente importa. As provações costumam limpar a neblina e realmente é uma sensação maravilhosa.
  • Paz Interior (Mesmo que Temporária): Mesmo que o resultado não tenha sido 100% o esperado, a tranquilidade de saber que você deu o seu melhor, que foi corajoso é impagável.
  • E, claro, às vezes a recompensa é palpável: Aquele “parabéns” do chefe, a nota 10 na prova, o primeiro pagamento pelo seu trabalho como freelancer, seu primeiro sparring no muay thai, ou simplesmente conseguir fazer aquela postura difícil na yoga pela primeira vez.

Sabe qual o grande problema?

A gente tem uma péssima mania de minimizar essas conquistas 🤦‍♂️

Mal saímos de uma batalha e já estamos pensando na próxima, sem nem parar pra curtir a vitória, por menor que seja. Pulamos a parte da celebração e voltamos a agitar o chicote em nossas próprias costas.

E isso é um erro grave! Digo isso porque já fui mestre nisso (e tenho que me manter sempre vigilante pra não escorregar novamente).

Celebrar as pequenas vitórias é o combustível do herói cotidiano. É o que nos lembra que estamos progredindo, mesmo que a passos de formiga. É o que nos dá ânimo pra continuar quando a vontade é jogar tudo pro alto.

Não precisa alugar um salão de festas. A celebração pode ser um reconhecimento interno do tipo, “isso aí, você mandou bem”; pode ser uma ligação pra aquela pessoa especial para compartilhar a alegria que está sentindo; ou até o famoso “me mimei”, aquele chocolate que você adora, um banho relaxante, um tempo pra não fazer absolutamente nada.

Não importa como você irá celebrar. Deve parar de ser mesquinho com seus próprios aplausos! Reconheça e celebre cada passo, cada vitória, por mais trivial que pareça.

Você ralou pra caramba pra chegar aqui.

Você merece!

E se alguma parte dentro de você acredita que você não merece, faça o seguinte exercício:

“Se fosse outra pessoa, alguém querido por você, realizando o que você acabou de realizar, ou superando o desafio que você acabou de superar, você aplaudiria?”

Costumamos ser muito mais generosos com os outros do que com nós mesmos. Por isso, seja mais gentil com você.


5. De volta pra casa (mas diferente): o retorno do Herói pós-Netflix

E assim, nosso herói ou heroína, VOCÊ, retorna ao mundo comum.

Mas algo mudou.

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O cenário pode ser o mesmo – a mesma casa, o mesmo trabalho, as mesmas pessoas – mas você não é mais o mesmo. Você carrega o tal do “elixir” mágico.

Nos filmes, pode ser aquela poção que te dá poderes, a princesa que acabou de ser salva, a paz restaurada no reino.

Na nossa vida, o elixir é a integração da experiência. É o aprendizado que você traz na bagagem e como ele se reflete nas suas atitudes, pensamentos e escolhas futuras.

  • Quem venceu o medo de dirigir agora tem mais liberdade e independência.
  • Quem aprendeu a dizer “não” (uma provação e tanto por sinal!) agora tem limites mais saudáveis e irá se sentir menos sobrecarregado(a).
  • Quem passou pelo desafio de organizar as finanças agora dorme mais tranquilo.
  • Quem enfrentou a provação de escrever o primeiro artigo (😅) talvez agora se sinta mais confiante para compartilhar suas ideias.

O retorno do herói nem sempre é um desfile.

Muitas vezes, é silencioso, interno.

É a mudança sutil na maneira como você vê o mundo e a si mesmo. A capacidade de encarar o próximo “chamado” com um pouco mais de sabedoria e coragem.

E tá tudo bem se, depois de uma jornada intensa (ou mesmo depois de um dia cheio de micro-provações), tudo o que você quer é chegar em casa, tirar os sapatos, se jogar no sofá e assistir Netflix até pegar no sono.

O descanso, o autocuidado, a descompressão… tudo isso faz parte do retorno e da integração.

O herói também precisa recarregar as baterias!

O ponto central é reconhecer que cada ciclo completo – chamado, recusa, mentor, provações, recompensa, retorno – te transforma um pouquinho.

Você está em constante evolução, aprendendo, se tornando uma versão mais experiente, mais resiliente, mais você. E mesmo que a plateia seja pequena, ou que o único espectador seja você mesmo no espelho, essa jornada vale a pena.


6. Sua Jornada, Seu Roteiro, Seu Heroísmo Pessoal – Você é o Herói

Então, resumindo a ópera: sua vida pode não ter um orçamento milionário de Hollywood, nem efeitos especiais de cair o queixo. Mas ela tem todos os ingredientes de uma grande aventura.

Tem chamados (sutis ou nem tanto), recusas (ah, as desculpas!), mentores (disfarçados de amigos, livros ou aquela voz interior), provações (internas e externas), recompensas (pequenas ou grandes) e retornos (transformadores).

O verdadeiro heroísmo não está em ser perfeito, invencível ou ter superpoderes.

Está na coragem de ouvir os chamados (mesmo borrando as calças de medo), na resiliência pra levantar depois das quedas (porque elas virão), na humildade pra aprender com quem sabe mais (ou com os próprios erros) e na sabedoria pra celebrar as vitórias e integrar cada lição.

Foto por: www.canva.com – Sua Vida Não é Filme da Marvel, Mas Você é o Herói

Você já é o protagonista dessa história. Talvez só precise pegar o roteiro e começar a reconhecer as cenas. Olhe para os desafios que você tem pela frente não como problemas insolúveis, mas como os próximos capítulos emocionantes da sua saga pessoal. Pergunte-se:

  • Qual chamado minha intuição está me soprando?
  • Que provação estou encarando agora (e o que posso aprender com ela)?
  • Quem ou o quê pode ser meu mentor nesse momento?
  • Qual pequena vitória eu posso celebrar hoje?

Lembre-se: a capa pode ser invisível (ou um moletom velho e confortável), mas o herói ou a heroína dessa jornada incrível e totalmente única… é você. E essa é uma aventura que ninguém mais pode viver no seu lugar.

E aí, me conta: qual ‘capítulo’ da sua jornada você sente que está vivendo agora? Qual o próximo passo, por menor que seja, que você pode dar hoje para honrar o herói que existe aí dentro? Compartilha aqui nos comentários, vou adorar saber e trocar uma ideia!

Gratidão imensa pela sua companhia até aqui e até a próxima!

Carpe diem.

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Tiago Marinho

Obcecado por desenvolvimento pessoal desde os 28. Apaixonado por histórias desde os 4 anos. Observador do comportamento humano desde sempre. Acredito que estamos nessa jornada para ter as experiências mais incríveis e evoluir durante o processo. Compartilho ideias que ajudaram a transformar a minha vida e que talvez possam te ajudar a dar os próximos passos na sua evolução. Carpe Diem!

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